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IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL

            Sonhar é preciso, é bom, é salutar. Mas cada um deve carregar os seus sonhos. Sonhos são a oxigenação das nossas concretizações, é o ideal a ser alcançados. Uma igreja que sonha consegue grandes realizações. Cada um de nós presbiterianos temos sonhado com uma igreja forte, amiga e em pleno crescimento em estatura e conhecimento.. Creio que já recebemos e não estamos atentos a esta realidade. Ser presbiteriano, nascer nesta Igreja é uma bênção outorgada pôr Deus Ser presbiteriano é pertencer a uma Igreja amada, respeitada, organizada, disciplinada, que toma decisões no espírito de Atos 15:28. A Igreja Presbiteriana é uma igreja complexa e grande. São cerca de 3.500 igrejas e congregações, mais de 4.500 pastores, missionários e seminaristas, são mais 62 sínodos, mais de 200 Presbitério e cerca de 500 .000 membros. A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma Igreja amiga que sem perder a sua identidade com Cristo, com a Palavra de Deus, com o Espírito Santo, continua sendo uma igreja cristã, evangélica, reformada, calvinista e presbiteriana “como diz o atual vice-presidente da Igreja: “unidade no essencial, liberdade nos não-essenciais, e, caridade em tudo”. Esta é a igreja dos nossos sonhos. Fiel a Cristo, cujos membros são também fiéis à Igreja. Fidelidade em todas as áreas da vida, na entrega dos Dízimos ao Senhor, inclusive. Quem não é fiel no pouco, não se confia o muito. Talvez seja pôr isso que você não progride. Você já entendeu que desta Fidelidade a Deus, virão os recursos para se fazer a obra de Deus, como Ele quer que ela seja feita. Experimente ser fiel. Vale a pena.

            Conheça a nossa Igreja, estude a sua história, suas leis sua doutrina, sua ética, sua liturgia, sua constituição, seu Código de Disciplina, sua responsabilidade e privilégios perante ela, porque no final disto tudo você descobrirá que a Igreja Presbiteriana do Brasil É A IGREJA DOS MEUS SONHOS. PARABÉNS IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL pelos seus 146 anos de existência Evangelização o Brasil e o Mundo.

            Manhã de 18 de junho de 1859. Simonton, a bordo do "Banshee" que afasta-se vagarosamente do porto. Observa os marinheiros subindo nos mastros para soltar as velas. Novamente foca o olhar para aqueles que ficaram no cais, acenando mãos, lenços brancos até que os amigos da terra ficassem longe demais para poder ver suas feições. Escreve:

"Estou só. Sinto agora, pela primeira vez, a realidade que havia freqüentemente antecipado com temor".

            Desembarcou no Rio na Manhã ensolarada de 12 de Agosto de 1859. Ele descreve a experiência em seu diário hora por hora. Por volta das 9:30 da manhã ele escreve:

 

"Estou acordado desde as quatro da manhã, observando as manobras para adentrar o porto contra o vento e a maré. É um lugar lindo, o mais singular e radiante que jamais vi (.......) Dei minha roupa de viagem ao cabineiro, em atenção aos serviços durante a viagem. Estou pronto para descer".

            As 14:15 Simonton estava sendo recebido por Robert C. Right, a quem entregou a carta de apresentação. Dois meses após sua chegada, Simonton escreve o seguinte:

 

"Ser missionário sem Ter o amor fervoroso por Cristo e zelo pelas almas é mau negócio. Devo renovar minha consagração".

            Algum tempo depois escreve:

"...Minha religião é muito morta, minhas orações caem por terra, faltando-lhes o impulso do sentimento jubiloso e vivo. Por isso vou implorar a Deus; Vou buscar a renovação de minha vocação e consciência de amor Aquele cuja Palavra prego. Senhor, fala comigo como fizeste com Pedro, convencendo-me da necessidade de amor e produzindo pelo poderoso comando a graça celeste que em torne capaz de alimentar teus cordeiros e tuas ovelhas".

            Algum tempo depois, juntamente com o Dr. Kalley analisou as respostas recebidas de advogados do Rio sobre as questões relacionadas á liberdade religiosa no Brasil. Devido a algumas restrições quanto a prática de culto, o Dr. Kalley sugeriu que ensinar Inglês seria a melhor tática inicial.

            Em 22 de Abril de 1860 Simonton dirigiu uma escola Dominical em sua própria casa, sendo este seu primeiro trabalho em Português.

Neste mesmo ano, recebeu a alegre notícia da vinda ao Brasil de suar Irmã Lilie e o cunhado, o Rev. Blackford, porém a notícia de que um violento temporal havia apanhado o navio e o tirado da rota faz com que no dia 21 de julho, o Rev Simonton escreva o seguinte:

"A esperança está quase me abandonando no que diz respeito a Lilie e ao Sr. Blackford. Começa a convencer-me de que na obscura providência de Deus encontrara no oceano seu funeral e provavelmente cerca de cinco dias após perderem sua pátria de vista. É um dia negro para mim. Amargo contraste com o que antecipava.".

            A notícia porém era infundada, e no dia 25 de julho, os dois estavam sendo recebidos por Simonton, a fim de auxiliá-lo da obra missionária do Brasil.

            Em julho de 1862 Simonton fez uma viagem aos Estados Unidos, devido a problemas de saúde de sua mãe, Sra. Marta Davis. Neste mesmo ano, fez amizade com Helen, e no dia 28 de janeiro de 1863ficaram noivos, marcando o casamento para o dia 19 de Março.

No ano de 1864, nasce a primeira filha do casal, no dia 19 de junho, porém nove dias depois devido a complicações no Parto, Helen morre, e Simonton escreve em seu diário, suas mais dolorosas palavras.

"Deus tenha piedade de mim agora, pois águas profundas rolaram sobre mim. Helen está estendida em seu caixão, na salinha de entrada. Deus a levou de repente que ando como quem sonha."

            De fato, Simonton e seus colegas conseguiram uma lista impressionante de realizações durante os oito anos de seu trabalho no Brasil: a fundação de uma igreja no Rio de Janeiro (12/01/1862); a fundação do primeiro jornal evangélico no Brasil, a Imprensa Evangélica (05/11/1864); a organização do primeiro presbitério, do Rio de Janeiro (16/12/1865); e ainda a fundação do primeiro seminário teológico, no Rio de Janeiro (14/05/1867).

            A última página do diário de Simonton é de 31 de dezembro de 1866. Em várias linhas o missionário conta como foi recebida entre seus compatriotas a feliz notícia do fim da guerra e, seu País

            Ao falarmos sobre Simonton na sua proposta para a Igreja Presbiteriana do Brasil, tão atual como foi nos seus dias, devemos lembrar que:

1)     A santidade da igreja deve ser ciosamente mantida no testemunho de cada crente.

2)     O uso abundante de literatura evangélica. A Bíblia, e não somente a Bíblia, mas também livros e folhetos religiosos devem inundar o Brasil. É impossível envolver tão vasto país sem o auxílio da palavra impressa.

3)     O evangelismo pessoal é de suma importância. Cada crente deve comunicar o evangelho a outra pessoa.

4)     A formação de um ministério nacional idôneo, isto é, pastores brasileiros para brasileiros.

5)     O estabelecimento de escolas paroquiais para os filhos dos crentes.

Basicamente esta proposta reflete a visão missionária do Pioneiro, que envolve três áreas distintas, as saber:

 

1.  A SUA VISÃO MISSIONÁRIA E EVANGELÍSTICA DO BRASIL

            Evangelização seria a mais extensa e lata possível. Ashbel Green Simonton realizou seu primeiro culto regular no Rio de Janeiro em 19 de maio de 1861; nessa oportunidade constituiu diácono um dos dois assistentes. Das pregações subsequentes, houve conversões. Simonton recebeu esses conversos à comunhão da Igreja, no dia 12 de Janeiro de 1862, no culto que marcou a fundação da igreja e, provavelmente, a primeira celebração da Santa Ceia. T recho do Diário de Ashbel Green Simonton

Domingo, dia 12 [de janeiro de 1862], celebramos a Ceia do Senhor, recebendo por profissão de fé Henry E. Milford e Cardoso Camilo de Jesus. Organizamo-nos assim em Igreja de Jesus Cristo no Brasil. Foi um momento de alegria e satisfação. Multo mais cedo que esperava minha pouca fé, Deus nos permitiu os primeiros frutos da missão. Senti-me até certo ponto agradecido, mas não como devia. A comunhão foi dirigida por Mr. [Francis Joseph Christopher] Schneider e por mim, em inglês e português. O Sr. Cardoso, a seu pedido e de acordo com o que consideramos melhor, depois de muito estudo e certa hesitação, foi batizado. Prestou um exame que satisfez completamente a Mr. Schneider e a mim, sem deixar dúvida em nossas mentes com respeito à realidade de sua conversão. Graças sejam dadas a Deus pela confirmação de nossa fraca fé, por vermos q ue não pregamos em vão o Evangelho.

Com três igrejas organizadas, respectivamente as do Rio de Janeiro, São Paulo e Brotas os missionários se reuniram em São Paulo para organizar o pequeno presbitério, a fim de ordenar José Manoel da Conceição ao ministério presbiteriano. Simonton registrou o evento mui laconicamente no seu diário: ~ quando o Sr. Schneider chegou, organizou-se o Presbitério e o Sr. Conceição foi ordenado

 

2. SUA VISÃO EDUCACIONAL PARA OS FILHOS DA IGREJA

            Desde a sua chegada ao Brasil, Simonton havia se empolgado com a idéia de uma escola que servisse tanto a comunidade imigrante quanto os brasileiros. No Campo de Santana, Simonton alegrava-se por ter espaço para uma pequena escola paroquial, que funcionava nos fundos do salão de cultos.

Ainda mais importante foi a sua última contribuição para o presbiterianismo nacional, a criação do chamado "seminário primitivo."  Simonton percebeu que a Igreja Presbiteriana do Brasil não poderia crescer e emancipar-se sem a preparação de líderes autóctones. Assim, no dia 14 de maio de 1867 tiveram início as aulas do Seminário do Rio de Janeiro, tendo como professores o próprio Simonton, seu colega Schneider e o pastor luterano Carlos Wagner. Essa modesta instituição teológica existiu por apenas três anos, mas formou os quatro primeiros pastores presbiterianos nacionais: Antonio Bandeira Trajano, Miguel Gonçalves Torres, Modesto Perestrello de Barros Carvalhosa e Antonio Pedro de Cerqueira Leite.

Esta visão tornou-se uma característica marcante da Igreja Presbiteriana é sua ação no campo da educação. Onde houver uma igreja presbiteriana alguma iniciativa estará sendo tomada nesta direção.

 

3. SUA VISÃO  LITERARIA DA DIVULGAÇÃO DO EVANGELHO

            Com o lançamento da Imprensa Evangélica, o primeiro periódico protestante do Brasil, que haveria de circular por 28 anos. O jornal de Simonton era um órgão de propaganda evangélica que visava alcançar sobretudo as camadas mais cultas da população e teve boa aceitação junto a certos grupos, particularmente liberais, maçons e alguns membros do clero. Seus editoriais e artigos visavam comunicar as principais ênfases da fé evangélica, mostrar os benefícios éticos e sociais do protestantismo e comentar as questões políticas e religiosas mais salientes da época. O periódico também não se furtava à polêmica religiosa, travando vigorosos debates com o jornal católico O Apóstolo.

            Concluindo afirmo que Simonton vivo seria sempre o nosso companheiro, mas morto, tornou-se nosso exemplo. Exemplo de fé, dedicação e entrega total a obra missionária e evangelística visando o crescimento do reino do Senhor Jesus Cristo.

 

PARABÉNS IPB pelas lutas e vitórias anunciando o Reino de Deus

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